Como não tem nenhum lançamento anunciado que
me interesse muito até o final desse ano no mundo pop asiático, acho que já
posso listar os meus favoritos. J
4Minute –
CRAZY (EP)
O fato de Crazy ser um EP horrível
(sim, horrível, uma coisa aqui e outra ali que se salva, como um todo é um
lançamento muito do mal produzido, umas faixas com baixo orçamento, quer dizer,
o baixo orçamento não justifica se tivessem tido boas ideias, mas deixa pra lá;
e o que foi aquele single romântico? Meu Deus... deixa pra lá) não altera o
fato de que Crazy, faixa homônima, é
muito boa. Não tem refrão mas tem um break que dá toda uma personalidade pra
música. O vídeo em p&b é super bem feito, com takes dinâmicos, figurinos e
atitudes numa vibe hip hop fierce e coreografia que convence. Então esse foi sim
um dos meus favoritos desse ano.
Mariya Nishiuchi – ARIGATOU
FOREVER (single)
Conheci a Nishiuchi sem querer, sabe
quando a gente tá no Youtube aí ele te recomenda outros vídeos? Então... ví o
vídeo Arigatou Forever, baixei no meu celular e, sinceramente, essa
música ficou tocando no repeat um
tempão, e eu ainda não enjoei dela. Mariya Nishiuchi é conhecida principalmente
por ser atriz de TV no Japão, não tanto pela sua música.
Vividiva – SERVICE
(single)
Não tenho ideia de quem são essas pessoas,
só sei que elas são o primeiro idol group
da DN Entertainment; o vídeo foi postado no canal da DN net, a música não saiu
da minha cabeça e nem do meu coração. <3
BoA – KISS MY LIPS (LP)
É claro que BoA não tem mais nada o que
provar pra sua Indústria. Talvez por isso, seu trabalho tem se mostrado um
tanto peculiar vez ou outra de uns anos pra cá (pra mim o primeiro sinal disso
foi o excelente EP Only One de 2012 que considero seu lançamento melhor produzido,
além de ter Only One e The Shadow escritas pela própria e não
por letristas hit makers). A mais bem-sucedida artista solo da Coréia voltou
esse ano com Kiss My Lips que acredito ser um marco em sua carreira, não por
ser um trabalho que fez com que seu som atingisse um novo nível ou algo do
tipo, mas por uma razão mais simples: ela está diretamente ligada a produção de
seu comeback ao mercado coreano. Não
tinha notado isso até ver os créditos de Kiss My Lips, BoA tem crédito na
letra de todas as faixas e, não bastasse isso, ela também tem crédito em toda a
produção. Ela está deixando de ser uma idol
e começando a ter controle absoluto do que produz. E quando falamos num mercado
como o de BoA, isso é realmente algo a se valorizar. A direção do videoclipe da
faixa homônima é de seu irmão, Kwon Soon Hwon, o vídeo é visualmente belo,
focando unicamente na performance e fazendo com que a atmosfera faça da performance
algo mais bonito. A faixa é um synthpop nada escandaloso e um tanto sofisticado.
Kiss
My Lips não soa como um dos melhores discos de BoA (não chega nem
perto), mas entender que agora ela está envolvida na própria produção traz um
ar de recomeço a tudo isso. Algo que li numa review de um site estrangeiro (não
lembro qual...) e que vale a pena mencionar: “temos de olhar Kiss
My Lips como o trabalho de uma artista consagrada ou como o trabalho de
uma produtora e letrista em ascensão?” Abaixo você pode conferir também o vídeo
de Who Are You? (fofo e singelo)
também retirado do álbum.
P.S.
BoA lançou em novembro o vídeo de Lookbook, seu retorno ao mercado
japonês com single de mesmo nome; o que me deixou na expectativa por um disco
no Japão, pois já faz anos que ela não lança um disco japonês (Who’s Back? do ano passado não conta,
já que foi mais uma coletânea, né? A única coisa inédita que tinha ali era Fisrt Time). O vídeo de Lookbook
logo abaixo, infelizmente somente o PV (Preview Video) foi disponibilizado,
como boa parte dos lançamentos da Avex Trax, o vídeo não tá completo no Youtube
L.
Taeyeon – I (EP)
Que capa linda!!! |
Conheci I, o debut solo de Taeyeon (da Girls Generation), por indicação de uma
amiga (bjo Jéssica :*) e me agradou muitíssimo. No vídeo, as cenas na cidade se
contrapõem a paisagens lindas da Nova Zelândia. Trata-se de liberdade, seja ela
física ou simbólica, duas Taeyeon representam a livre e a não tão livre assim.
Como mágica, uma borboleta surge e dá a Taeyeon a coragem que ela precisa pra
ser livre, a moça levanta, abandona o emprego que tem na lanchonete do irmão,
pega as chaves do carro dele e com um simples “bye”, põe o pé na estrada e vai
se encontrar com a parte de si que sempre quis sentir (amor eteeeerno por esse
vídeo! <333). Ao contrário do que normalmente acontece com rappers fazendo
feat. em músicas pop, a participação do Verbal Jint não me pareceu nem um pouco
desnecessária, aliás adoro o feat. dele, dá a música uma abertura perfeita
antes de Taeyeon cantar os primeiros versos. O EP é homogêneo composto
basicamente de baladas apenas com Stress
dando um pouco de peso, mas encerra lindamente com uma versão instrumental de I.
Esse EP com certeza vai me fazer esperar pelos futuros lançamentos de Taeyeon.
HyunA – A+ (EP)
Um ano após a icônica RED, HyunA volta com seu single mais pretencioso desde então e com A+. Roll Deep (BECAUSE I’M THE BEST) é o carro chefe de seu quarto trabalho solo que já passou por aqui antes. No vídeo a moça está
mais ousada do que nunca, tirando uma de Miley Cyrus e numa egotrip sem fim, divertido
e sexy (na verdade devasso, né?). HyunA nunca usou tantos figurinos diferentes
num vídeo só, perdi até a conta! A Intro
(Run&Run) de A+ ganhou um MV
(music video) com cenas dos bastidores de sua produção em Los Angeles, além
disso o EP conta com uma das faixas maaaais legais que a HyunA já fez, na minha
humilde opinião: Ice Ice. A única
desvantagem é que, infelizmente, depois de Ice
Ice não tem muita coisa aproveitável em A+.
Kyary Pamyu Pamyu – CRAZY PARTY NIGHT (single)
Pamyu é provavelmente uma das artistas
mais doidas que você vai conhecer (ou conhece). A japonesa consegue, de fato,
se traduzir visualmente para sua música. Mas cuidado! Não se deixe levar pelo
visual dela, pois isso vai te levar a estereótipos bobos sobre cultura pop
japonesa; embora você pense já ter visto algo semelhante em fotos da street fashion do Japão ou, mais
especificamente algo sobre a moda de Harajuku, o que diferencia Pamyu Pamyu das
demais é a sua música. Seu som consegue ser enjoativamente coerente com sua
estética, desconstrói a música como você a conhece e a transforma nessa coisa
doce, esquisita e exagerada (que soa irritante para muitos, né?). Acho pouco
provável que depois de ouvir um disco ou ao menos ver seus vídeos alguém
consiga dizer que já OUVIU um som PARECIDO (pode até não gostar dessa voz
irritante intencional que dão pra ela, claro, mas que é algo único, isso é).
Além disso ela não é exatamente uma idol,
ao menos não em toda totalidade do termo, sua vida pessoal é constantemente
exposta em suas redes sociais (idols
estão proibidos de ter casos amorosos públicos, a não ser que tais relações
façam parte do que supõe a produtora) e ela não age por meio da persona de seus
vídeos, ou seja, ela até acaba sendo bem safadinha em certas postagens, o que
vai contra esse kawaii doce de seus trabalhos. Por conta da peculiaridade de sua
música, Pamyu Pamyu ainda é um ato de nicho fora do Japão; ela na verdade não é
uma cantora, e sim uma artista, e seus trabalhos estão diretamente ligados a
estética, seus vídeos são como prévias de seus discos e sem a referência visual
dos MVs, ouvi-la torna-se uma atividade inexpressiva (não é o tipo de coisa que
dá pra baixar e ouvir só pela música porquê tudo soa como uma bagunça sonora
super tosca). Em Agosto desse ano a moça lançou o single de Crazy Party Night colorido, estranho, na
vibe do Halloween e uma das minhas
coisas favoritas do ano (achei um tanto básico comparado a suas loucuras
anteriores).
Red Velvet
ICE CREAM CAKE
(EP)
As meninas do Red Velvet embora tenham
pouco tempo de carreira, já são bastante conhecidas entre os fãs de KPOP,
alguns poucos vídeos lançados já causaram murmúrio entre o público que consome
esse tipo de som. A girl band tinha
apenas 4 integrantes e sabe-se lá porque a SM
decidiu tascar no meio delas mais uma do nada. Como já falado aqui no Expresso
antes, o mercado dessas moças é do tipo que não perde tempo, então seu primeiro
EP, Ice
Cream Cake, foi lançado em 2015 e ainda no mesmo ano lançaram seu
primeiro LP. Tem algo muito intrigante nelas: o trabalho tem um contraste
gritante, parece que elas assumem personas meio que opostas. Em certos singles
elas são superdivertidas enquanto em outros parecem o extremo oposto disso
(isso se reflete nas músicas desse EP). A primeira vista achei falta de foco da
SM, mas vá saber quê que tão fazendo
com elas... Os vídeos mais animados delas – Ice
Cream Cake ou Happiness (seu
debut) – por exemplo, podem ser curtidos por qualquer um que goste de música
pop, não há nada de fenomenal em seu som: é música pop boa pra curtir sem
compromisso e sem ser levada a sério <3. Agora quanto ao EP como um todo, só
quem gosta delas mesmo pra se acostumar com a incoerência sonora (proposital,
ao que tudo indica). O EP começa com a faixa título e segue
com midtempos que nada tem a ver com
a vibe que a deliciosa Ice Cream Cake propõe. A despeito disso, Ice Cream Cake foi uma das músicas que
mais ouvi esse ano. Segue os dois vídeos do EP (o da faixa título e o de Automatic).
THE RED (LP)
Não satisfeitos com o EP de debut do Red
Velvet lançado em Março, a SM lança em Setembro o primeiro LP das moças que,
por um acaso, é muito bom! Um álbum consistente, com faixas que casam muito bem
num pacote, além de ser um disco pop super divertido e enxuto (10 músicas
distribuídas em meia horinha de duração!). Não bastasse isso, The
Red conseguiu o mérito de estabelecer a identidade visual do grupo. As
meninas como cópias uma da outra já estavam sendo trabalhadas em Ice
Cream Cake, mas em The Red isso foi aprimorado; o vídeo
do único single do álbum, Dumb Dumb,
usa elementos que tornam sua estética muito criativa e ao mesmo tempo
alternativa. As cópias estão ainda mais legais e o grupo parece se destacar
diante das trocentas girl bands
coreanas por conta desse visual já que, sonoramente, elas ainda soam um tanto
genéricas. A consolidação da identidade visual do grupo que The
Red trouxe com certeza vai garantir a essas moças ainda mais atenção do
público. Logo abaixo, o vídeo de Dumd
Dumb. O vídeo é muito legal mesmo.<3