Parte Quatro - Iolandi, Ângela e o sexo
Respiro. Inspiro. Suspiro. Nunca achei que iria vê duas mulheres brigando na minha frente. Cíntia e Marieta brigam sem parar. Para quem ainda não está entendendo, Cíntia, a cachorra late sem parar para janela, Marieta. Não sei o que Cíntia viu, mas não para de latir. E os vizinhos começam a achar ruim. Claro, eu mesmo estou puto com ela. Latir em plena 4h00 “_é demais para meu coração”.
6h00 da manhã, levanto extremamente estressado. Cíntia pula de um lado pro outro. Não sei o que essa cachorra viu em mim, mas não sai dos meus pés. E confesso, já faz quatro dias que Cíntia está morando comigo e nunca toquei a mão nela. E nenhum anúncio de “_procura-se cachorra, recompensa de R$1000,00” e foto de Cíntia, toda de laço e feliz.
O resto do meu dia eu passo com um controle remoto para dar aquela acelerada. É tediosa demais para viver cada segundo. “_Para com isso moço”. E nessa brincadeira de acelerar a minha vida, esqueci de mencionar a loira que pega o mesmo ônibus todos os dias. E hoje, decidi deixar as coisas acontecerem bem devagar, para sentir aos poucos. Entro no ônibus e por sorte, o banco ao lado dela está vago. Sento ao lado dela. Parece que ela ficou feliz. E eu mais ainda. Então, pulei a parte constrangedora pois são todos iguais e vamos para parte que importa. “_Os detalhes”.
_Sou Iolandi, tenho 25 anos e sou prostituta. “_WOL” pensei, ela foi direta ao ponto.
_Sou apenas um professor de 30 anos que vivo em pleno tédio. Pensei, “_também vou ser direto ao ponto”. Ela me encarou um pouco. Não sei se entendi bem que cara ela fez, mas só pensava em transar com ela. E não sei se era isso que ela queria também.
_Acho sexy homens de óculos e barba. Ela disse isso como se quisesse mudar de assunto, ou de pensamento. Não sei se ela teve conclusões de minha pessoa quando disse que vivo em tédio pleno. E depois pensei “_puta merda estou de óculos.” Quem usa óculos sabe o quanto é chato esquecer de tirar ou quando está em cima de sua cabeça e você fica louco procurando. Enfim, conversamos bastante. Sobre muitas coisas. Minha parada é a próxima, e fui direto ao ponto _Quer beber um vinho em minha casa? Ela olhou para paisagem e ficou um pouco calada. Depois virou e respondeu
_Meu expediente acabou.
_Não estou te contratando, estou te convidando. Respondi. Depois disso, nós dois estava em minha casa, bebendo a segunda garrafa de vinho. E riamos de tudo. Tentava fazer a dança do acasalamento. Acho que deu certo, ela me perguntou onde ficava meu quarto, indiquei e ela segurando minha mão, me levou para lá. Passando pela cozinha olhei para Marieta, que rapidamente me mostrou um homem chorando no prédio amarelo do lado do da vizinha exibicionista.
Fui jogado na cama e Iolandi fez um striper bem sensual e lento ao som de “Stranger” da banda “Mothxr”. O outdoor do Sex shop piscando dava um visual legal no meu quarto meio escuro. O corpo de Iolandi era espetacular. As curvas, a pele, os seios pequenos, e a tattoo de cereja na virilha, eram tudo tão excitante. Notei o comprimento longo dos cabelos loiros quando ela virou as costas para mim para mostrar a perfeição de sua bunda. “_Ual Iolandi transpira sensualidade” e não é por ser loira, porque nunca tive um tipo de mulher preferido. Não tenho um fetiche por loiras, ruivas ou orientais. Tenho fetiche por mulher em geral. Minha primeira namorada era uma negra maravilhosa, mais velha que eu dois anos, mas eu adorava ela. Era inteligente, e sabia o que queria, por isso não demos certo, por ela saber o que queria, logo percebeu que eu não estaria na vida dela. Isso doeu no inicio, mas passou. Casei com Camile, que é uma morena linda e tive dois filhos com ela. “_Lindos. E se puxar para o pai, vai comer muitas ninfetas”. Tive um rolo curto com uma ruiva problemática. E depois um relacionamento de puro sexo com uma indiana. E não posso deixar de fora o caso que tive com uma japonesa que gritava muito no sexo. “_Me sentia num hentai”.
Iolandi tira minha roupa lentamente com uma cara safada que me faz sentir o cara fodão dos filmes pornô, só faltava os 24cm de cacete. E falando disso, ela engoli ele todo e isso me leva as nuvens. Iolandi realmente sabe o que está fazendo e não deixa eu fazer nada. Estou praticamente submisso a ela. E por esse motivo, não percebi quando ela sentou de uma vez no meu pau. Ela cavalga deliciosamente por um bom tempo. Seus gemidos eram gostosos e finos e isso me deixava cada vez mais excitado. Transamos a noite toda. Apaguei depois de ter um orgasmo louco. E com o nascer do sol, Iolandi sumiu, deixando apenas um bilhete:
“Foi uma noite maravilhosa. Tive que ir, pois tenho trabalho a fazer. Só queria agradecer por tudo. Espero que eu tenha tido um papel importante para te tirar desse tédio que diz ser sua vida. Beijos. Ângela.”
“_Ângela?” pensei, será esse seu nome de verdade? Enfim, pensei comigo mesmo, que a noite passada foi a noite mais insana e sexy da minha vida. E posso dizer, que transei com duas mulheres. Porque Iolandi vale por duas.