HyunA, ídolo da Cube Entertainment retorna com A+, seu 4º EP

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No começo de Agosto, dia 9, HyunA causou alvoroço no mercado KPOP lançando no Youtube um teaser do seu 4º EP. O vídeo gravado em Los Angeles aguçou a curiosidade dos fãs e de quem mais se interessasse. Nos dias que se seguiram, a Cube Entertainment liberou fotos promocionais e também o título do EP que se chama A+, com lançamento marcado para dia 21 de Agosto. Além disso, no canal oficial do 4Minute no Youtube, um teaser do áudio do EP foi liberado dia 17 desse mês, e logo no dia 19 um teaser de 25 segundos do vídeo de Because I’m The Best também foi disponibilizado. Loira e mais provocante do que em qualquer outro de seus trabalhos solo, a sul-coreana lançou horas atrás oficialmente, o vídeo completo da faixa carro chefe de A+, afirmando o que o seu mercado já supunha: HyunA vai continuar chocando a família tradicional Coreana \o/\o/\o/\o/ e, o mais importante para a Cube Entertainment, vai continuar dando o que falar na Coréia. Depois desse vídeo pensei “Nossa, HyunA vai ser expulsa da Coreia do Sul a qualquer momento. Rsrs”. Para os fãs de HyunA e/ou de cultura pop da Ásia, a espera acabou e BECAUSE I’M THE BEST está entre nós, confere aí...

Como é a primeira vez que HyunA aparece aqui no Expresso Lunático, convém fazer as devidas apresentações (não se preocupe que a bio é bem curtinha)...
A sul-coreana HyunA, 23, conseguiu fama na Coréia por ter feito parte do girl group Wonder Girls e por ser a principal vocalista do girl group 4Minute. Em 2010, lançou o bem-sucedido single Change que marca sua carreira solo e paralela às atividades com o 4Minute e com Troublemaker – duo criado pela Cube Entertainment com Hyunseung do grupo Beast. Ela também é a moça do vídeo viral Gangham Style, do PSY. Pronto, isso é o bastante, até porquê falar de biografia é inútil já que o Wikipedia tá aí pra isso, né? E se tiver algum fã dela lendo esse texto, não vai ser nada informativo falar um monte de coisa sobre a vida dela também (bjo, p minha amiga Jéssica <3). Logo abaixo o vídeo mais recente do 4Minute, lançado esse ano.

Então, nesse texto não vou falar de quem é HyunA, a pessoa, e sim do quê é HyunA, o ídolo criado pela Cube Entertainment. Antes de mais nada, é preciso esclarecer que o mercado fonográfico do KPOP é semelhante ao do JPOP, onde a produção em massa de ídolos é feita exclusivamente para propaganda e para fortificar a cultura de consumo – lembre-se de que estamos falando da Coreia capitalista (do Sul) e não da Comunista (do Norte). Já falamos desse sistema aqui antes, então vale conferir pra não ficar boiando. HyunA, assim como uma série de outros artistas coreanos adentraram com maior facilidade no Japão graças a BoA, única estrangeira que conseguiu vender mais de 1 Milhão de cópias no mercado fonográfico japonês.
Advinda do sistema de ídolos, HyunA precisou construir uma personalidade que despertasse atenção (na vdd quem constrói é a produtora). O ídolo nesse contexto não se trata de um talento excepcional ligado a uma boa voz, atuação ou expressão artística genuína e sim de características subjetivas que causem interesse. A mídia oriental gosta da música da HyunA porque é da HyunA e pronto, sua figura justifica sua expressão artística e não o contrário, pois é assim que o esse mercado funciona. O que lembra Galbraith e Karlin (2012) quando falam de auto-referenciação em uma cultura midiática que tem nos ídolos seu pilar (é o caso do Japão e da Coréia do Sul), os autores dizem que há um ciclo não justificável que apenas acontece, a mídia cria a celebridade, a celebridade cria o espetáculo e o espetáculo por sua vez será foco de atenção da mídia, que vai criar a celebridade, que vai criar outro espetáculo que vai pra mídia de novo, que vai criar outro e outro e outro e outro.............................. Entendeu, né?
HyunA então construiu sua imagem dentro desse sistema e foi se desvinculando do rótulo de membro da 4Minute (grupo que por sinal é criação do sistema de ídolos da Cube Entertainment) para ser uma artista solo, ícone de moda e cultura pop coreana e uma garota propaganda muito das mais úteis. Com seu lançamento de 2010, Change, ela extrapolou barreiras na Coréia no que se refere a música e a performance; o vídeo de Change recebeu censura +19 em seu país por causa do rebolado da cantora. Você pode até banalizar o que essa moça representa após ver um de seus vídeos, mas na verdade você estaria deixando de considerar seu contexto: a música pop coreana não é tão hipersexualizada como a música pop que conhecemos aqui no Ocidente, sexo na mídia da Coréia não é tão escrachado quanto aqui. É essa barreira que HyunA parece estar tentando destruir desde que seu rosto passou a fazer parte das capas de revistas, tablóides, televisão e mídia geral de seus país; principalmente quando se trata de sua carreira solo.
Hyuna em cena do vídeo de Change. Esse Gif tem censura +19 na Coréia do Sul
Não podemos deixar de considerar seu contexto, é comum que, ao ver uma foto da artista, a palavra ‘bonitinha’ venha mais rápido que ‘provocante’, mas isso porque, enquanto ocidentais, temos uma visão diversa do que é provocante no que se refere ao sexo. Para entender HyunA, temos de deixar de lado essa nossa cultura que já considera performances incrivelmente sexuais como algo comum (não é assim no país da moça) e tentar entender outra visão de mundo. Um exemplo disso é a censura de 19 anos que o vídeo já mencionado, Change, sofreu, não há, em momento algum do vídeo, nudez, a simples sugestão de algo sexual nos movimentos coreografados dos quadris de HyunA causaram a censura. Percebeu a diferença? Vale lembrar que umas das faixas de Crazy, último lançamento do 4Minute (Do the first verse: Cut it out), foi banida da KBS (principal veículo de mídia cultura de massa da Coreia do Sul).
Contraditoriamente, o foco na imagem bela e meiga, e não exatamente sexual de divas pop asiáticas normalmente é o que chama a atenção do público ocidental, para nós ocidentais é doce, é fofo (mesmo os girl groups mais sensuais), para eles é sexy. Isso ocorre por conta dos estereótipos que criamos, até associação aos animes, que são japoneses e não coreanos, muita gente acaba fazendo, por exemplo. Na verdade, uma figura como HyunA chama atenção da mídia oriental pela mesma razão que Britney Spears chamava a atenção do ocidente no começo dos anos 2000, uma imagem associada ao sexo, o que gera polêmica. Que nem sempre é interpretada dessa forma pelo público ocidental. Coisa que começa a mudar no caso de HyunA, já que esse elemento passa a estar cada vez mais presente em seus trabalhos; seu lançamento desse ano recebeu censura +15 (o que é surpreendente considerando as cenas de Because I’m The Best). A sensualidade agora também passa a ser uma de suas marcas registradas, o que iremos constatar nesse texto. Particularmente acho irritante o fato de muita gente dizer “Nossa! Tá vendendo sexo que nem as popstars ocidentais!”. Primeiramente, SEXO NÃO É UMA COISA EXCLUSIVA DO OCIDENTE, asiáticos também transam (quem não sabia, agora tá sabendo). E, SEGUNDAMENTE,  dizer que cantor asiático fulano (a) de tal não pode pagar de Britney Spears acusando-o (a) de estar se OCIDENTALIZANDO demais é racismo: quem disse que os asiáticos (ou qualquer outro povo) tem que seguir os estereótipos que você cria pra eles?
Seu lançamento mais significativo para ascensão como artista solo foi Bubble Pop!, o primeiro EP, pois o vídeo da faixa título tornou-se viral e que recentemente redescobri. O caso é que adoro a música, mas detesto tanta coisa nesse videoclipe e detesto mais ainda o fato de eu gostar muito desse vídeo. O vi apenas uma vez, no ano de lançamento e, 3 ou 4 anos depois, a música ainda tava na minha cabeça e parei de lutar contra. Vejam e tirem suas próprias conclusões (também odiei o fato de ela estar igualzinha a Stefani do CrossFox na cena da estrada usando óculos). Gostando ou não, ele bombou como o planejado.

O vídeo foi um hit de verão, recebeu o 9º lugar na lista de melhores músicas de 2011 da SPIN Magazine. Com um refrão grudento e que te faz ignorar o fato de a voz de HyunA não ser seu ponto forte (nada que bons compositores não resolvam com uma letra que facilite sua vida na hora de cantar). No entanto, esse hit foi o que precisou ser: provocante e, por consequência, pop (o single vendeu mais de 2,5 Milhões de cópias!). Assim, a liberdade artística de HyunA para explorar um terreno ousado no KPOP se reflete em sua música que, por sua vez, serve de desculpa para justificar sua imagem, o crime perfeito. E a aposta perfeita para Cube Entertainment. Bubble Pop! provou HyunA como uma artista que se destaca diante de suas colegas do 4Minute e que vende muito. E isso significa investimento garantido por parte da Cube.
Investimento que no ano de 2012, se transformou em Melting – seu segundo EP – e em outro hit da web (3 dias de lançamento, 9 Milhões de acessos), Ice Cream (com feat. de PSY logo no início), que foi apresentado na lista must-watch video da U.S. Billboard na semana de lançamento. A mídia britânica, americana, latina e europeia passa então a se interessar cada vez mais pela moça. Ice Cream é uma música pop comum, com uma base hip-hop, como tudo aquilo que já se esperava de HyunA, refrão grudento, bem divertida e versos cantados em rap. HyunA falou um pouco sobre o conceito de Ice Cream para Robert Michael da Interview Magazine, “A intenção é derreter todos os ouvintes, que nem sorvete doce.” (referência ao “I’ll met you down like Ice Cream” da letra). Assim, seguindo o conceito feito para a música e vídeo de Ice Cream, Hyuna chega no meio de uma bando de manifestantes (que carregam cartazes com mensagens bem nonsnese e referências a 4Minute) e os faz parar tudo o que estavam fazendo para dar atenção a ela e ao seu delicioso sorvete.

Ainda na entrevista, a artista fala que há uma grade preocupação em produzir algo que os olhos e os ouvidos possam desfrutar. O que se reflete nas performances dos vídeos como por exemplo o explosivamente colorido e divertido vídeo em questão. Mais uma vez a cantora traz de forma sugestiva a sensualidade (couro preto, o cone fálico do sorvete, a câmera que desliza sobre seu corpo na cena do banheiro com espuma, o moço tatuado e sem camisa), mesmo que em paralelo a meiguice.
(foto de Ice Cream) (legenda: se você é ocidental, é provável que você ache Ice Cream mais fofo do que provocante. Eu acho fofo. Mas o vídeo é bem sugestivo, e bem provocante pros padrões da Coreia do Sul)
Ser sensual faz parte de sua persona, algo já esperado por seu público alvo. Acerca disso, não podemos esquecer que seu público alvo é exclusivamente coreano, seu nome na mídia mundial é apenas consequência, pois HyunA ainda não lançou nenhum disco para o mercado internacional. O que quer dizer que ser provocante a cada novo videoclipe é algo que o público coreano espera dela, a prova disso é que o single de Ice Cream teve vendas muito boas na Coreia. E isso acaba tendo influência sobre sua liberdade artística; já que sensualidade seria um elemento do qual HyunA não poderia se desvincular sem que houvesse consequência nos números de vendas.
(foto de tattoos em Ice Cream) (legenda: sem falar q sempre que vejo Ice Cream morro de vontade de telefonar pro meu tatuador e marcar hora p fzr um mooonte de tatuagem colorida no braço!)
O KISS KISS KPOP (2013) fala que, para os padrões coreanos, HyunA está explorando sua sexualidade no vídeo de Ice Cream: Ela é subversiva: é ela quem está no comando o tempo todo durante o vídeo. É ela que é a dona do caminhão de sorvete, quem atropela um cara e ignora o fato (fria como sorvete tbm? rsrs), foi o moço da tatuagem que se tatuou com o nome dela. Além disso, “no vídeo, não é HyunA que acaba com o rosto todo sujo de sorvete, ela é quem suja a rosto de todo mundo no final com sua mangueira de sorvete. Bem diferente do final da maioria dos filmes pornôs, não é?” (KISS KISS KPOP, 2013). A cena do banheiro de espuma é provavelmente a que mais teve repercussão na Coréia; ficou ótima, mas durante as gravações HyunA teve uma séria reação a espuma em sua pele devido ao tempo excessivo que ficou exposta à substância L. Particularmente o momento que mais gosto é esse...
MEU DEUS, QUE CENA MARAVILHOSA!!!
Em 2014 HyunA retorna com Red, carro chefe de A Talk, seu terceiro EP. No que se refere à música, Red é explicitamente diferente dos lançamentos anteriores, ele não gruda de primeira. A letra é um tanto egocêntrica (como em músicas pop ocidentais), mas é curiosa: combina uma brincadeira coreana infantil e a traduz de forma a exaltar a própria HyunA. A brincadeira é assim: uma criança tem que começar dizendo “A bunda do macaco é vermelha.” O que se segue é “a maçã é vermelha, a maça é deliciosa, deliciosa banana, a banana é longa, longo é o trem, o trem é rápido...” O nome de HyunA é colocado nom lugar da maça, logo, “HyunA é vermelha, Hyuna é deliciosa”.
Capa de A Talk: uma capa dessas faz alguém virar ícone gay em dois tempos.
Os versos de Red transformam a cor vermelha em algo único, poderoso e sexy após o primeiro verso cantado “botei meu batom e agora sou vermelha”. Na letra, o vermelho deixa de ser apenas uma cor e vira audácia: “minha beleza te faz querer me morder, é como arte e toda noite você pensa em mim que nem ramen apimentado”. Depois de fazer isso, o refrão se apodera desse novo significado da cor vermelha: “A bunda do macaco é vermelha (o quê?), a Hyuna é vermelha, a Hyuna é! (ahh)”. As partes “o quê?” e “ahh”, mostram HyunA percebendo a mudança de significado da brincadeira, primeiro com admiração “what?” e depois entendendo o que a letra fez “ahh.”
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A música é eletrizante e só fica sossegada momentos antes do refrão que explode. Sobre ter dito que Red não é tão fácil quanto as outras, não há dúvida de que a faixa representa uma ótima evolução para a carreira de HyunA do ponto de vista artístico e de mercado, a produção é muito boa, e é um tanto sofisticada. Ouvi muito essa música depois que consegui destrinchá-la (ainda ouço muito na vdd...) e, diferente de Ice Cream, ela não é tão descartável. Por isso, humildemente, acho essa sua melhor música, tanto na proposta da letra quanto na produção sonora e do videoclipe. Os produtores conseguiram fazer algo que casa com o talento vocal limitado da HyunA ao mesmo tempo que reflete o ídolo que eles querem representar, um tipo de hino de sua consolidação na Indústria. O conceito do vídeo e da música que, na teoria, buscam refletir a representação que a Cube Entertainment dá pra HyunA acabam sendo maiores do que ela, isso fica evidente em suas performances ao vivo da música (no Youtube tem). Sabe aqueles casos em que vemos um videoclipe muito foda, e a apresentação ao vivo consegue ser tão foda quanto? Infelizmente, esse não é o caso de Hyuna com Red. Entretanto, mesmo não passando de uma performer comum cantando no palco, ela consegue se manter focada e com uma postura surpreendentemente confiante.
O vídeo de Red também trabalha com a transformação que a brincadeira da letra faz, na verdade evolução. No início o vídeo é só a bunda de um macaco que, de repente nos leva a uma chuva de tomadas lindas, igualmente absurdas e de performance. Vamos da bunda do macaco até a realeza (uma Cleópatra aleatória: WTF?!). Novamente o uso de elementos subversivos; o vermelho não é mais cor é algo poderoso, a bunda do macaco, não é mais a bunda do macaco, deixa de ser algo bobo e vira algo importante, a cena em que ela está segurando o microfone e o entrevistador está do lado de dentro da jaula. Subversivo, subversivo, subversivo. Red é tão absurdamente belo e energético como a proposta teria de ser e há elementos visuais interessantíssimos que nos deixam intrigados e que notamos quando vemos de novo e de novo. Icônico para o cenário da música pop da Coréia? Talvez. Não teria argumentos para discordar. Macacos, Cleópatra, batom, objetos fálicos, Hyuna tirando sarro da sensualidade em vídeos pop (Miley montada na bola de aço, twerking, Katy no Egito...), dança, maçãs, muito glitter, as cenas, todas elas são compostas de imagens lindas.... por que não gostar de Red? Ou mesmo, por que não odiar Red? Não é de causar reações neutras. O vídeo não sai da área de conforto de HyunA e é visualmente atraente, há takes memoráveis considerando os conceitos usados por quem idealizou toda a fotografia. Não dá pra perder tempo achando significados, é o que é.
Além disso, a estética de HyunA em Red é totalmente coerente considerando toda sua carreira solo: de Change até Red, a transformação, ou melhor, a manutenção da sensualidade em seus trabalhos foi constante, cada vez mais marcante. Em uma linha de tempo, temos os polêmicos e censurados movimentos dos quadris em Change; ousadia, corpos bronzeados e pouca roupa em Bubble Pop!; o fofo e sexualmente sugestivo Ice Cream, batom e salto alto em todas as cenas do mulherão que HyunA vira em Red e finalmente a A+, sexo, drogas, beijo gay... Logo, o mercado, assim como a fanbase mais significativa de HyunA, notou essa mudança e estava respondendo de forma positiva a ela, pois mesmo ficando mais sensual a cada novo lançamento, as vendas de HyunA continuaram boas. A aceitação dessa postura por parte de sua fanbase faz com que ela seja mantida. Não esqueçamos que, a despeito de sua popularidade no exterior, a fanbase mais forte de HyunA é o público coreano, é lá que os números de vendas são maiores e é para esse mercado interno que a Cube Entertainment direciona seus produtos.
Eclética e básica, HyunA cria tendências? Talvez. Mas o caso é que ela é uma das artistas que influenciou o investimento de grandes gravadoras (como a própria Cube) em outros ídolos que também adotam uma postura mais sexy e se destaca nesse mercado sem sequer um álbum solo completo lançado ainda. Existe um abismo gigantesco entre os números das vendas de seus EPs e as vendas de seus Singles. Um álbum completo pode não compensar, mas o lançamento de algumas faixas para mantê-la na mídia é fundamental. Logo, não há necessidade de um disco completo no momento. Devido ao seu trabalho no 4Minute, ela só precisa investir em sua imagem e continuar dando o que falar usando as armas que tem. A construção de uma persona que funciona como deve é o que a mantém nas paradas, pois como já foi dito, a importância não está na música da HyunA, e sim na HyunA, é assim que sua Indústria trabalha. Seu precário talento para atuação, tão evidente nos vídeos do duo Troublemaker e sua limitada extensão vocal são ofuscadas por performance, estilo, personalidade e aparência intencionalmente criados pela Cube, pois essas são as características demandadas por um mercado midiático focado em propaganda e vendas.
E isso significa que, amando ou odiando, HyunA continua dando certo. Manter-se relevante em um mercado que trabalha por meio do idol sistem é um feito e tanto, em questão de dias a mídia milimetricamente planejada desse mercado pode fazer alguém vender milhões, em contrapartida, com a produção em massa, alguém pode ser esquecido e deixar de dar lucros com a mesma facilidade. Sorte dos que conseguem ser mais do que as vendas, aqueles cuja figura foi capaz de deixar algo para a posteridade. HyunA tem consciência de como seu mercado funciona e durante uma conversa com Robert Michael Poole afirmou querer “ser lembrada pelo público e pela Indústria como uma cantora que tem sua própria cor quando sua carreira chegar ao fim.” Se HyunA vai conseguir tal feito, não sei, mas ela é uma figura que conseguiu causar mudanças em sua indústria apenas usando uma postura forte, confiante, sexy e independente em seus trabalhos, talvez isso seja um começo. No mais, é aproveitar seu vídeo novo, seu EP de 2015 e quem sabe se ela vender muito esse ano, logo logo tenhamos seu primeiro álbum.
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Um comentário:

  1. já tinha lido e visto algum video dessa Cantora HyunA! ela abusa de sua beleza e sensualidade em clipes Provocantes e dançantes! ela é mesmo bem gata! eu sou bem fã dessas gatas Orientais cantoras tanto do K-Pop quanto as gatinhas Japonesas!! adoro as garotas do Girls Generation, Sistar!! Marcos Punch

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