Cap. 2 - Biscoito da sorte

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O dia amanhece com um sol escaldante, e pássaros cantando na árvore perto do quarto de Julio. O rapaz levanta, toma um banho, um café, dar um bom dia pra irmã que tinha acabado de acordar: _Que bom dia o que? Como é que você não me acorda? Não sei se percebeu, mas eu também vou para escola! Disse Juju toda assanhada com uma toalha rosa na mão e a escova presa no cabelo claro.
_Minha maninha, você já é bem grandinha para ter que ser chamada para ir para escola. E é bom você correr, pois está bem atrasada. Julio colocou a mochila nas costa, pegou sua bicicleta e se mandou para nova escola. Pedalava rápido quando não notou uma velhinha atravessando a rua, tentou desviar, caindo assim dentro do jardim de uma casa ao lado. Ao levantar, Julio correu onde a velhinha pedindo mil desculpas: _A senhora está bem? Eu te machuquei? Ai meu Deus, como eu não tinha te visto? Ah... A velhinha sorriu e falou:
 _Calma meu filho, estou bem... Pode relaxar. Não me aconteceu nada, mas com você sim, como está? Julio sem graça deu uma gargalhada e ao levantar a sua bicicleta
_Estou bem... Que bom que não aconteceu nada de ruim com a senhora, se não eu ia me culpar por resto da minha vida. A velha sorriu e de dentro da sua cestinha, ela tirou um biscoito da sorte.
_Tome meu filho, e veja se sua vida terá mudanças. A velhinha o entregou, Julio sem entender agradeceu
_Hm, biscoito da sorte, que legal... Mas como assim? Mudar minha vida? A velhinha o olhou e logo disse
 _Outono meu jovem! Hoje entramos no outono, é a estação mais bela, em minha opinião. É também mágico, meu povo sempre acreditou que se alguém lhe oferecer um biscoito da sorte no primeiro dia de outono, ele te mostrara o que vem por ai, assim, te dando a chance de se preparar para uma nova mudança de vida. Ou não! Julio ficou meio desconfiado com a história, depois rebateu
 _Então a senhora é a fada dos biscoitos da sorte? É aquela que sai de uma flor, mas no seu caso de uma árvore, no outono para entregar alguns biscoitos para nós, ralés desse mundo, para ter o privilégio de saber o que vai acontecer... Hm... Bem legal! A velhinha deu as costas e disse
_Não lhe pedi para acreditar meu jovem, eu simplesmente te dei um biscoito da sorte, e você que sabe se acredita no que vai ler, ou simplesmente vai ignorar a mensagem... Adeus garoto, como você vê, eu sou bem velhinha e antes de anoitecer, preciso entregar esses biscoitos, pois preciso encontrar minha arvore de onde eu sair antes de escurecer. Não é?
Assim, a velhinha dobra na esquina, deixando Julio boquiaberto. Depois que tudo voltou ao normal do garoto, ele quebrou o biscoito da sorte, para vê o que o destino guardava:

“Amor e novas amizades poderão destruir laços feitos durante esses anos. E uma nuvem negra de tristeza cairá sobre a sua cabeça!”

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