Cap. 19 - Cafuné

By | 17:32:00 Leave a Comment
Os cabelos cacheados ao vento de Caroline balançam a cada passo forte dado pela rua do bairro. O olhar cheiro de ódio e decepção percorria por todos os lados a procura de uma unica imagem. A imagem de alguém que um dia foi seu maior super herói. Foi a melhor inspiração. Foi melhor amigo. Mas que hoje, a partir de hoje, não será um nada. "Cadê ele?". Caroline avista o verde do carro. E em seguida um pedaço de arame. 

"Julio nota que aquela Dama de longo vestido passa correndo por entre as arvores. O rastro do seu perfume de rosas o faz a seguir. Onde iria com tanta pressa aquela bela e misteriosa dama? Seria encontrar alguém? Quem sabe o seu verdadeiro príncipe? Ou o caminho de volta para casa? Ou na verdade, ela esteja assustada e precisando de alguém? Julio começa a perdê-la de vista. E tenta alcança-la, mas ela desaparece na escuridão da floresta. _Não me deixe sozinho. Não me deixe também. Por favor."



Caroline se encosta no carro verde, e com o arame risca o carro todo. Ninguém observava aquilo, pois estavam muito ocupado assistindo um jogo estupido num bar cheio de homens fedidos acompanhados de mulheres desesperadas por atenção. _PAI! O grito de Caroline percorre o bar até o homem que empurra a mulher que sentara em suas pernas. 
_Caroline? Minha filhinha.
_Cala a sua boca. Caroline pega o copo de cerveja em cima da mesa e joga na mulher que foi jogada ao lado.
_O que você está fazendo? Pergunta o homem levantando da mesa.
_Só quero te avisar que na casa da minha mãe você não volta.
_O que você está dizendo filha?
_Não me chame de filha. Grita Caroline. _Você pode até ser meu pai, mas biológico, porque não te considero mais meu pai. De agora em diante, sou órfã de pai.
_Não fale besteiras.
_Te quero longe da minha mãe, dos meus irmãos e da minha casa.
_Onde eu vou morar?
_Não me importo para onde você vai, só estou avisando que não pertence mais aquela família. 

Caroline deixa o bar.

Seus olhos são inundados de lagrimas.

Seu coração dói sem parar.


"Julio ouve um leve choro. Alguém ali próximo está chorando. E Julio sente em seu coração a resposta. A dama. Em algum lugar ali ela precisava dele, assim como ele precisava dela. Um abraço, um cafuné. Julio se aproxima de uma colina, onde a dama está sentada no chão, com seu vestido arrastado em sua volta coberto de flores. Julio se aproxima lentamente, e tenta dizer algo, mas nada sai. A dama esconde o rosto com suas mãos delicadas. _Por favor, diga para mim o que precisa. Julio é surpreendido com um ataque de um lobo negro, lhe derrubando longe dali. Os dentes brancos e afiados do lobo negro estão amostra, e direcionados a ele. _O que você quer de mim? O que você quer dela? Nos deixe. Não deixe caramba."


A noite chega lentamente. Como se a lua estivesse se atrasado hoje. Todos ali estava apreensivos. Caroline sentada na sala faz cafuné da irmã mais nova que agora está calma. "_Prometo que isso não vai mais lhe acontecer Beca." A promessa feita horas atrás voltou repentinamente com o justo da batida na porta da sala. Os olhos de pânicos da irmã mais nova encontram os de Caroline. Aquele olhar assustado de Beca pareciam claramente gritar as palavras "VOCÊ PROMETEU". A insistência das batidas bruscas na porta assustam os vizinhos. 
_Desculpe Caroline. Diz sua mãe indo para porta.
_Não! Grita Caroline entrando na frente da porta.
_Não podemos ...
_Podemos sim.
_Mas ele vai...
_Chega de conformismo. Ninguém está feliz com ele aqui. Você não está feliz com ele aqui. Seus filhos não estão felizes com ele aqui. Eu não estou feliz com ele aqui. Chega. Iremos sobreviver sem ele. Porque somos uma família. O olhar de Caroline cheios de lagrimas e convicção fez com que sua mãe insistisse no futuro sem ele. 

"_Porque não nos deixa em paz? Porque sempre me atrapalha a me aproximar dela? Porque não me deixa ser feliz com quem eu amo?  Julio ataca o lobo negro, e as duas criaturas lutam próximo de uma colina alta, onde a dama assustada com tudo aquilo tenta se afastar. _Eu só quero ser feliz. O lobo negro o observa por um instante, o que faz com que Julio agarre seu pescoço e lhe jogue para longe. A dama corre para onde o lobo, o colocando em suas pernas. _O que? Sai de perto dele. Ele é o vilão. A dama começa a chorar em cima do lobo. As lagrimas cegam os olhos de Julio que logo se encontrava de joelhos. Ele nota suas mãos. _ O que? Minhas mãos? Voltei a ser eu mesmo? O entusiasmo de Julio em voltar a ser ele mesmo lhe faz soltar um grito bem alto no meio do campo. _Olhe para mim agora minha dama, sou como você agora. Julio olha para dama que apoiava uma cabeça de um homem nas pernas."


Continua.




Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial
Comentários
0 Comentários

0 comentários: