“Primeira vez dentro, nunca mais fora!” Foi o
que o jovem Rodolfo disse pro seu amigo Rick na escola. Mas o garoto parecia
confiante que a vida não ficaria pior. Uma coisa que tenho que dizer pra você,
leitor, nunca diz “Pior do que estar, Não fica” e muito menos diga “NUNCA”.
Enfim... Rick concorda com tudo, seu amigo Rodolfo que foi acompanhar ele não
aceitou. Mas Rick está decidido. Não irá voltar atrás. A vida que até então
tinha cores, depois desse ano, ficara preto e branco. Rick desistiu da escola.
Fugiu de casa. Perdeu contanto com os amigos. Principalmente com Rodolfo. Rick,
hoje tem um moicano verde, alargadores nas duas orelhas. Tatuagens em muitas
partes do corpo. Mora numa abandonada casa num bairro afastado de Flinburgo.
Rick tem a fonte dos “bagulhos”. E quem quer iniciar uma vida do lado negro, é
só encontrar ele. Como Jonnes em 1999, num show de rock. Hoje, Jonnes tenta
fugir desse vicio. Rick tenta se matar.
Já está tarde, Kika ainda sentada no balcão conversando com o barman Louis. Muito simpático por sinal. Mas é melhor começar a prestar atenção querida Kika, pois o alvo chegou, e a ação vai já começar. O garoto alto, magro, branco pálido, moicano verde e roupas rasgadas... Deu o ar das graças. Surge no meio da multidão. Hoje é dia de Rock and Roll no Porão bar. Pois é rock bebê. Louis aponta o Rick, Kika vira meio que nervosa. Avista Rick de longe. É hora da ação. Kika pega sua bebida, cruza as pernas, puxando sua meia pra cima. Rick não demora muito pra notar a bela morena. E antes mesmo de Kika se divertir em seduzir, o garoto já está na sua cola.
Diz Rick rindo dando sinal a Louis pra uma
bebida. Duas na verdade. Kika respira fundo. Os dois conversam por um bom
tempo. Kika tentando passar ao Rick que é uma roqueira de primeira. E tentando lembrar-se
de todas as dicas que Jonnes a deu. Enquanto isso, Nelsinho, Jonnes e Ronie
entram no bar, ficando longe dos dois, sentados do outro lado do bar. Mas dando
pra ver Kika e Rick conversando. Jonnes está impaciente. Seus dedos se mexem
sem parar. Nelsinho segura o celular com força.
Longe dali, casa de
Quezy:
As
duas ainda dançam, mas desta vez se empolgam, requebrando, jogando os cabelos, se tocando. Mas o que elas não esperavam aconteceu, o irmão
de Quezy filmando tudo com seu celular. O garoto já ria muito do mico que a irmã irá passar quando seu vídeo cair na internet. Mas acabou
escorregando do tapete, caindo dentro do quarto. Lolita desliga o som, Quezy
grita.
O
menino tenta sair correndo, mas Lolita fecha a porta rápido. E Quezy o segura firme:
Quezy
está irritada e falando alto. O menino joga o celular pela janela enquanto a irmã está em crise. O celular escorrega pelo telhado caindo na grama. Lolita corre para janela com esperança de encontrar o celular no meio da grama, mas não teve sucesso.
_Acho
melhor você se preparar pra humilhação publica minha querida irmãzinha. Pois
mamãe e papai vão assistir a seu vídeo dançando funk. Crente do rabo quente.
Hahahahahahahahaha Na verdade, todos os seus amiguinhos. John empurra Lolita e
sai correndo.
Quezy chocada.
Lolita machucada.
As duas, ferradas!
Porão bar:
Kika e Rick estão até se dando bem. Ela aproveitou a certa intimidade e falou que queria droga. Pois estava passando por uma péssima fase. Rick a observa. Seus olhos ficaram tristes. Kika notou isso. Ele tira de dentro do bolso um envelope e entrega a Kika sem mesmo perguntar como ela saberia que ele tem a fonte das drogas. Nelsinho observa de longe. Antes de Kika mandar o sms, ele liga pra policia. Jonnes suspira. Ronie também, graças aos garçons de delineador. Kika fita Nelsinho de longe, que dera o sinal pra ela sair. Kika volta olhar pra Rick, já imaginando que terá que inventar uma vontade de ir ao banheiro. _Nossa, bebi muito. Preciso ir ao banheiro! Kika avisa e logo vai se levantando. Rick agarra seu braço. Kika congela e senta. O garoto já meio bêbado começa a falar de sua vida dura e difícil.
_Minha
mãe morreu ao me colocar no mundo. Meu pai sempre me culpou por isso e acabou
me deixando num orfanato, tinha cinco anos. Orfanato Owling. Lá
conheci muitos como eu, alguns até pior. Fui adotado. Foi o melhor dia da minha
vida. Eu achava. Uma família tosca. Fizeram de mim, seu escravo. Como não era
filho de sangue, eles me forçavam a roubar. Pedir dinheiro na rua. Fugi deles com meus 11 anos. Encontrei Os Wilsons.
Um casal simpático. Tinham filhos, mas estavam todos grandes e com suas vidas
rumos diferentes. Eles me adotaram. Fui matriculado numa escola particular. Fui
feliz e não sabia. Conheci Rodolfo, posso dizer meu melhor amigo. Ele era
bonitão. Alto. Nem sei se é ainda. Ou se está vivo. Numa noite, fui à casa do
Rodolfo, jogar videogame escondido. Quando voltei, o Sr. Wilson estava morto.
Fiquei péssimo. Passou mal, e não estava lá pra ajudar...
_Foi o que Rodolfo me disse quando decidi entrar no mundo das drogas. “Primeira vez dentro, nunca mais fora” foi o que ele me disse antes de minha vida acabar. Dona Wilson acabou indo parar numa casa de repouso. Eu que liguei pra eles a levarem. Estava cansado de ouvi-la chorando na sua cama. Sentindo falta do Sr. Wilson. Eu sentia muita falta dele. E sentia mais ainda da felicidade constante da casa, quando os dois estavam juntos. Os filhos de dona Wilson não apareceram no velório. Fiquei pior ainda. E agora sozinho. Sai da escola. Lógico. E da casa. Nunca mais vi dona Wilson. Hoje moro numa abandonada casa num bairro distante daqui. Tudo que fiz e que deixei de fazer, ficaram pior. As lembranças que antes iam embora com as drogas, hoje estão mais fortes. Eu te aconselho não usar isso. Por mais difícil que esteja sua vida. Não use.
Kika chocada com a história. Com a atitude. Com tudo, ficou paralisada. Nelsinho de longe se desesperou, não era mais para Kika está lá. Não mesmo. Os PM chegam. E está indo em direção a Rick. Nelsinho liga pra Kika, que ao notar os PM, puxa Rick e o beija numa atitude desesperada de avisá-lo. Depois do beijo caloroso, Kika o avisou sobre os PM. Rick tenta correr, mas foi pego. Algemado.
Rick encara Kika que também está sendo algemada. Nelsinho corre pra ajudar a garota que não dizia nada, só encarava Rick. _Ei, fui eu que liguei, essa garota faz parte do plano pra prender esse cara. Ela não tem nada a ver com ele. Rick se vira pra Kika com os olhos arregalados. Os lábios de Kika diziam “Desculpe-me”, mas nenhum som saia. Mas os PM viram Kika beijando Rick e tentando avisá-lo. Ela seria presa até ser comprovado o contrario. Jonnes observava Rick entrando na viatura a força. E Kika logo em seguida.
Calada.
_Temos
que ajudar a Kika! Disse Nelsinho
_é
tudo culpa minha. Não devia ter deixado a ir. Disse Jonnes triste
_O
que temos que fazer agora? Perguntou Ronie
_Ligar
pros pais de Kika.
Um
ótimo fim de noite. E hoje aprendemos que pior que está, pode ficar sim. Ainda
pior. E Kika é o exemplo disso. Ajudou entregar um cara legal que sofre com seu
passado e escolhas erradas. Sentira algo diferente no seu beijo. Seu corpo
esquentou e seu coração congelou. Foi presa no flagra tentando ajudar Rick a
fugir. E já que está na pior, vai ficar mais ainda, já que seus pais que
acreditam no caráter puro da filha vão receber uma ligação. E não será noticias
boas que virão. Kika será desmascarada. Até a próxima.
TRILHA SONORA:
Yeah Yeah Yeahs - Runaway (Supy remix) by supy
haha gostei^^
ResponderExcluircurti a música
Ta massa! Gostei dos desenhos... E da estoria!!
ResponderExcluirAh adoro esse ep. E amo essa musica.
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