"É Apenas o Fim do Mundo" de Xavier Dolan

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Estreou recentemente no país o filme “É Apenas o Fim do Mundo”, do jovem diretor Xavier Dolan. Baseado na peça Juste la fin du monde, de Jean-Luc Lagarce, competiu pela Palma de Ouro em Cannes e acabou ganhando o Grande Prêmio. Também foi escolhido pelo Canadá para representar o país na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.

O filme conta a história de Louis, um escritor que volta para casa após 12 anos de ausência para contar a sua família que está doente. E sua volta é a responsável pelo drama que vemos a seguir. Ressentimentos, culpa, confronto, saudade, ignorância, um filme que mostra a família sob um viés pessimista. Mas Dolan não faria diferente. Ele coloca Louis como observador e muitas vezes nós vemos os outros personagens pelo seu olhar e seu silêncio. A câmera é fechada em closes dos rostos e vamos aos poucos descobrindo mais sobre cada personagem.
Como em todos os filmes de Dolan, há as cenas lindas em que filme e música se unem em perfeita sintonia, um minuto de videoclipe e poesia no meio da história. A trilha é do premiado Gabriel Yared (O Paciente Inglês e o Talentoso Mr. Ripley) e tem músicas de Grimes, Blink-182, Exotica e Moby. O momento Moby é bem bonito…

Xavier Dolan tem apenas 27 anos e começou a fazer filmes aos 20 anos, estreando com “Eu Matei a Minha Mãe”, uma história autobiográfica que conta a relação tumultuada entre um menino e sua mãe. No início de sua carreira, ele também atuava em seus filmes, cuidava da trilha, do figurino, edição, roteiro, direção. É impressionante notar como ele sabe exatamente o que quer causar e como fazer. Vale ver os outros filmes dele: Mommy (que ganhou o Prêmio do Júri em Cannes, dividindo com Godard), “Heartbeats”, “Lawrence Anyways” (maravilhoso) e “Mommy”. Dolan, junto com Truffaut, é o cineasta mais jovem a ser premiado em Cannes.

Com Marion Cotillard, Léa Seydoux, Vincent Cassel, Nathalie Baye e Gaspard Ulliel, é a primeira vez que Dolan trabalha com um casting tão estelar. E pelas suas lentes, vemos os atores despidos do glamour hollywoodiano, imersos no drama familiar e cru.
Apesar do sucesso, este filme dividiu a opinião da crítica. Enquanto jornais como The Guardian são só elogios, revistas como a Vanity Fair falou que este é o pior filme de Xavier Dolan. O diretor parece ser uma daquelas pessoas que você ama ou odeia. Muita gente se incomoda com ele, chamando-o de arrogante, enquanto para outros ele é um menino prodígio e o gênio de sua geração. Assista ao filme e conte o que você acha!
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