A Casa do Morro Lewins - Parte 2

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A cidade esquecida por todos



O carro para na frente da nova casa, que por sinal é a casa mais bizarra que eles já tinham mudado. É toda de madeira com uma pequena torre no telhado. Há duas arvores na frente, e muitas folhas secas no chão. As casas eram bem próximas, e os vizinhos bem estranhos, não havia ninguém na rua, e isso era estranhamente agradável. Pietro odeia chegar numa casa nova, e ser o motivo dos vários olhares curiosos de vizinhos. Mas em rosa negra, não há pessoas na rua, e suas janelas estão todas fechadas, e tudo isso chama a atenção de Pietro. Depois que a família Cazim (Sobrenome da família de Pietro) terminou de arrumar as suas poucas coisas, Augusto com a mão na cintura falou: 

_E ai galera, o que vamos fazer agora? Pietro parou por um breve minuto para observar seu pai tentando ser legal. Madalena começou a rir da pose de Augusto, e tentou fazer igual:
 _O Sr Augusto Cazim poderia me levar para o jardim de doces falantes? Madalena e Augusto ficam brincando um com o outro, enquanto Pietro encostado na mesa observa as duas pessoas mais toscas tentando transmitir um tipo de sentimento familiar. 
_Pai, mãe... Isso não é ser uma família normal! Disse Pietro com a mão nos olhos. _Vocês querem me matar? Augusto e Madalena continuam tentando ser divertidos. _Ok gente, não é porque o Sr. Frank mandou vocês me transmitir ser reais que vão me matar de vergonha. 

O Sr Frank é o psicólogo de Pietro, que por sinal é o único amigo do garoto. Pietro pediu pra Frank mentir sobre um misterioso transtorno mental que só poderia melhorar se eles passassem mais tempo com o filho. Certo, tudo não passa de uma mentirinha boba, mas os Senhores Cazim preocupados com a saúde mental do filho, decidem passar mais momentos com a família. Pietro gostou da idéia, mas não entendeu o motivo de ser em uma cidade que nem constava no mapa. 

_Ok filho, você vai gostar de Rosa negra. Sempre ouvia meu pai falar bem dessa cidade, eu sonhava em visitar, mas meu pai nunca quis me trazer, e nem sei bem o porquê, mas estou me realizando em trazer meu filho aqui. Nossa como ela é parecida com o que ele falava. 
_Pai, o vovô era doido! 
_Não filho, papai não era doido, ele só gostava de contar historias. 
_Historias de bruxos que comiam crianças? Ah fala serio! Pietro vai para janela observar a rua deserta. _Que estranho, em plena três da tarde,  ninguém na rua! Se questiona Pietro.
_Meu pai falava que as pessoas daqui eram bem felizes antes da chegada de uma família! Você lembra amor? Augusto pergunta para Madalena. 
_Como lembro, foi por causa dessas historias que lancei o livro que mais fez sucesso entre os jovens. E estou tão ansiosa para conhecer a biblioteca da cidade. Vamos lá meus amores? Madalena já estava na porta esperando que os dois fossem correndo. _Vamos, também quero conhecer melhor a historia dessa cidade que nem consta em sites. 

Augusto deu um pulo e com a mão na cabeça falou:_Tive uma ótima idéia, vou escrever um documentário sobre essa cidade, o chefe vai ficar muito feliz. E vamos fazer um bem maior para essa cidade que está esquecida por todos. Vamos logo. Augusto sai correndo pela porta, e Madalena vai logo atrás. Pietro se encontra sozinho na nova casa. 

_Muito bem... Nossas férias, numa cidade fantasma ridícula e sem meus pais... Que novidade. Pietro sem nada para fazer decide andar pela casa que um dia foi do seu avô louco, como ele mesmo disse ser. Os moveis empoeirados, velhos, quadros bizarros pela parede mofada, um piano desmantelado, quartos estranhos... Tudo estava entediando Pietro, que logo que deitou no quarto escolhido para passar suas tão esperadas férias uma porta no forro do seu quarto abre e uma escadinha velha e cheia de teia de aranha quase cai em sua cabeça. Pietro sempre foi muito curioso, e decidiu vê o que tinha nessa passagem.

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